Jesus disse que o primeiro e grande mandamento é
amar a Deus de todo o coração, alma e entendimento; e o segundo, semelhante a
este, é amar ao próximo como a si mesmo. Estes dois mandamentos são, portanto,
a base da vida cristã. Em I João 3 diz: “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor é
de Deus; e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não
ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.” João
diz que se não amamos de fato a Deus e ao nosso próximo não conhecemos a Deus!
É impossível conhecer a Deus sem viver em amor. Isso porque Deus é amor. Como conhecer Deus
sem conhecer na prática o amor, ou como amar verdadeiramente sem conhecer a
Deus? Essa palavra é muito séria. É uma pena que quase não paramos para meditar
nela, afinal ouvimos tanto que Deus é amor, que essa mensagem se tornou algo
simples, automático em nossos corações. Porém, muitas vezes, por não
meditarmos, ela não produz em nós mudança e uma busca por esse amor verdadeiro.
A Palavra diz que se alguém diz que ama a Deus, mas
odeia o seu irmão, é mentiroso. Pois como alguém pode amar a Deus que não vê,
se não amar a seu irmão a quem vê? Além disso, Deus diz que quem odeia a seu
irmão é assassino! Diante da seriedade dessa palavra não há outra alternativa a
não ser reavaliar os nossos corações, as nossas reais intenções e sentimentos
para com o nosso próximo. Pois, quantas vezes nós dizemos que somos servos de
Deus, que temos intimidade com Ele, mas não medimos esforços para pisar nas
pessoas que nos cercam a fim de alcançarmos nossos objetivos. Fazendo isso
somos mentirosos e o amor de Deus não está em nós, não somos nascidos de Deus!
Vemos assim que amar é o grande mandamento,
imprescindível para quem deseja conhecer e servir a Deus. É isso que Jesus
disse aos seus discípulos: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se
tiverdes amor uns aos outros” (João 13:35). O
amor é então uma condição para que venhamos a conhecer a Deus e, também, para
sermos discípulos Dele. É a marca dos que seguem a Cristo. Além disso, o amor é
condição necessária para que nos tornemos amigos de Deus: “O meu mandamento é
este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem maior
amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sois meus
amigos, se fizerdes o que eu vos mando” (João 15:12-14). Quais são, então, as principais características desse amor
que devemos ter uns pelos outros?
* No texto que acabamos de ler, vemos o ideal de
amor, que é um amor capaz de dar a própria vida pelo seu amigo, Jesus teve esse
amor por nós. Portanto, devemos buscar tê-lo também para com as pessoas que nos
cercam;
* Em Romanos 12:9, o apóstolo Paulo nos mostra
uma outra característica do amor: “o amor seja não fingido”. Portanto, devemos
ser sinceros em tudo, quando não nutrirmos um amor verdadeiro por alguém
devemos nos consertar, mas em hipótese alguma devemos fingir sentir algo. Creio
que a falsidade irrita profundamente o nosso Deus;
* O amor sincero nos leva a preferir em honra o
próximo: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal,
preferindo-vos em honra uns aos outros” (Rm 12:10);
* Em Romanos 13:10 diz que “o amor não faz mal
ao próximo. De modo que o amor é o cumprimento da lei”. Portanto, quem ama
deseja o melhor para o próximo;
* Em I Coríntios 13 vemos outras características
do amor: “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se
vangloria, não se ensoberbece; o amor jamais acaba”;
* Pedro nos admoesta a de coração amar-nos
ardentemente uns aos outros, porque o amor cobre uma multidão de pecados. Quem
ama perdoa;
(I Pedro 1:22; 4:8).
* Em I Timóteo 1:5 diz que o amor procede de um
coração puro, de uma boa consciência, e de uma fé não fingida.
É, o amor é fundamental. Foi por amor que Deus
nos chamou e nos atraiu para si. Foi por amor que Jesus se entregou até a morte
para que tivéssemos vida. Foi por amor que Jesus não nos deixou órfãos, antes
nos enviou Seu Espírito, que é o Consolador. É por amor que a cada dia Ele nos
perdoa e nos dá uma nova chance. É por amor que Ele não desiste de nós, mesmo
quando nós desistimos Dele. Esse é o nosso Deus, Deus de infinita graça, de
misericórdia, de bondade, de paciência... muitos são os atributos do nosso Deus
e o maior deles é o Seu amor! Só há uma forma de retribuirmos tudo quanto
Ele tem feito por nós, aliás, só há uma coisa que Ele espera de nós: amor. Pois
do amor derivam todas as outras qualidades que um cristão precisa ter. O amor
une perfeitamente todas as coisas. É claro que não é uma tarefa fácil praticar
esse amor. Se fosse fácil boa parte dos problemas do povo de Deus estariam
resolvidos. Realmente amar a quem nos ama é fácil, difícil é amar a quem nos
persegue, a quem nos oprime, a quem nos tem por inimigos, a quem pensa e age de
forma diferente de nós. Porém, é possível sim amar essas pessoas, Deus nos
capacita para isso através da pessoa do Espírito Santo. Pois o amor é um dos
frutos do Espírito. Devemos então nos avaliar, ver o que há de errado em nós,
pedir perdão e perdoar quando necessário e, principalmente, recorrer com humildade
ao Espírito Santo para que Ele produza em nós esse fruto tão precioso. Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e
não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine. E
ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a
ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os
montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse todos os meus
bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser
queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor
não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não
busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se
regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba; mas havendo profecias, serão
aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque,
em parte conhecemos, e em parte profetizamos; mas, quando vier o que é
perfeito, então o que é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, pensava
como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos face a face;
agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou
plenamente conhecido. Agora, pois,
permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor.
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