sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A SÓS COM O PAI...


“E aconteceu que, estando ele a orar num certo lugar, quando acabou, lhe disse um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos.” Reparem algumas coisas que são muito, muito importantes aqui. Eu creio, de todo o coração,  que  era  uma  coisa  terrível ver  Jesus  orar.  Era  algo espantoso,  superior  a  tudo  o  que Ele já tinha feito, porque se repararem diz: "Aconteceu que, estando ele a orar num certo lugar, quando acabou..." (Lc.11:1) Quando  Ele  estava  de  joelhos,  quando  estava  a  clamar  ao  Seu  Pai,  era  como  algo  que  nunca ninguém  tinha  visto  sobre  a  face  da  terra.  E continua, diz: “lhe disse um dos seus discípulos: Senhor,  ensina-nos  a  orar"  Eu  acho  esta  frase  maravilhosa,  e  é  uma  frase  muito,  muito ignorada  entre  os  que  estudam  este  texto.  Se  repararem,  há  aqui  algo  muito,  muito importante. Nenhum discípulo chegou a Jesus e disse "Senhor, ensina-nos a pregar". Nenhum discípulo  chegou  a  Jesus  e  disse  "Ensina-nos  a  andar  sobre  as  águas".  Nenhum  discípulo chegou a Jesus e disse "Ensina-nos a ressuscitar mortos".

 Nenhum discípulo chegou a Jesus e disse "Ensina-nos a expulsar demónios". Acredito que - sem dúvida - a maior demonstração de poder  divino  não  era  quando  Jesus  Cristo  ressuscitava  os  mortos,  ou  andava  sobre  as  águas, mas quando Ele orava. Se  quisesses  aprender  a  jogar basquetebol,  provavelmente  não  vinhas  ter  comigo,  porque  eu sei  muito  pouco  sobre  basquetebol.  Ias  tentar  descobrir  qual  era  mesmo  a  minha especialidade, e, então, irias perguntar-me sobre isso. Quando queremos saber sobre alguma coisa vamos ter com quem é especialista. Perguntamos a  determinado  homem  sobre  o  que  mais  nos  impressiona  nele.  E  acredito  que  quando  os discípulos viam Jesus a orar, não podiam acreditar no que estavam a ver, nem no que estavam a ouvir. Jesus era um homem de oração. Um homem de oração... Deixa que te pergunte: quando as pessoas te ouvem orar, ouvem alguém que conhece a Deus? Ou  ouvem  o  ritmo  de  uma  religião...  palavras  que  te  foram  ensinadas  por  outros  homens? Ouvem formalidade, intelecto? Ou ouvem um homem, uma mulher ou uma criança, que passa muito tempo na presença de Deus? Alguma vez alguém veio a ti e disse: “Ensina-me a pregar como tu pregas”?  Bem...podias orgulhar-te disso, mas não diante de Deus. Alguma vez alguém veio a ti e disse: “Ensina-me a administrar como tu”? Mas alguma vez alguém veio a ti e disse: “Ensina-me a orar”? Não sou um  grande  homem,  mas  na  minha  vida  tive  o  privilégio  de  estar  na  presença  de  muitos homens  usados  por  Deus.  E  reparei  que  eles  tinham  muito  pouco  em  comum,  excepto  uma coisa: quando dobravam os joelhos, algo pouco usual acontecia. Há um dito... quando alguém atinge uma dada coisa, pode olhar à sua volta, com um brilho nos olhos, e dizer: “Não podes aprender. Tens que nascer com isto.”  Não  podes  fingir  a  oração.  Jesus  era  um  homem  de oração, e quando Ele orava, as pessoas viam a diferença. Quero que reflitam um pouco na idéia de que Jesus era um homem de oração. Tenho aqui um rascunho  de  um  molho  de  versos,  e  vou  ler  este  monte  de  versículos  para  que  possam entender a importância da oração na vida de Jesus Cristo, e, então, entendam que, se a oração era  tão  importante  para  o  Filho  do  Deus  vivo  encarnado,  quanto  mais  devia  ser  para  nós! Quanto mais nós devíamos depender da oração! Jesus viveu uma vida de oração. É a primeira coisa que vamos ver, em Lucas 5:16: “Ele, porém, retirava-se para os desertos, e ali orava.” Sabem...muitas  vezes  quando  vemos  algo  que  realmente  gostamos  em  oposição  ao  que relutantemente temos que fazer, tentamos fugir. Um homem pode querer evitar o seu dever de tratar do jardim, então foge para assistir a um jogo da bola. Um homem pode entrar cedo no trabalho, então foge para caçar. Uma mulher pode querer fugir para ir ao centro comercial. Retiram-se  para  fazer  as  coisas  que  mais  gostam.  Não  será  um  crime  que  Jesus  Cristo,  e  o trabalho do reino quase pareça ser um trabalho do qual queremos fugir? Ouvi uma história... Um evangelista desceu do avião e foi recebido pelos pastores, que de imediato o levaram para jogar  golfe.  Não  tenho  grandes  problemas  com  isso.  Já  joguei  golfe.  Mas  levaram-no  para  o campo  de  golfe,  e  isso  é  bom.  Imagino  que  fosse  o  que  ele  precisava  para  descansar.  E enquanto estavam a ir por ali a fazer o que quer que se faça num jogo de golfe, o evangelista que  mencionei  disse:  “Bem, sabem... o Senhor é tão Bom. No outro dia Ele...”  E  o  pregador interrompeu-o e disse: “Não vamos falar de trabalho aqui. Aqui é para descansar.” O  único  lugar  onde  pode  mesmo  descansar  é  em  Jesus  Cristo.  E  sabes  quando  estás  a  andar com  Deus,  sabes?  Quando  te  retiras  para  Ele,  quando  dizes: “Há tanto para fazer,  há  tanto trabalho  que  não  me  apetece  fazer,  tanto  trabalho!  Só  desejo  retirar-me  para  Ele  um momento, porque Ele é Aquele para quem me retiro. É nEle que descanso.” Quando  a  oração  se  torna  um  fardo,  não  somos  como  o  Cristo,  não  somos  como  Jesus.  “Ele, porém,  retirava-se  para os  desertos,  e  ali orava."  Ele ia para o  deserto...  Amigos,  precisamos, assim como o Mestre fazia, nos retirar para ter um tempo a sós com o Pai.

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