sábado, 8 de outubro de 2011

LIBERTE-SE DO ALCOOL


 “E não vos embriagues com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito.” Efésios 5:18
O vício tem levado centenas de pessoas à morte, causando a destruição de lares, com brigas e confusões e tem conduzido muitos à falência. Isto vem ocorrendo porque conforme a Palavra de Deus, os que fazem uso do álcool estão sob maldição. O versículo que é temática desse artigo, adverte que o vinho (a bebida alcoólica) é a causa desses conflitos, e o versículo aconselha ainda que o cristão, e mesmo os que não segue esse princípio, se desviem desse caminho e procure se encher do Espírito, ou seja, que este venha andar no caminho reto, que é fazer a vontade de Deus. Existem várias referências bíblicas onde mostra que Deus condena o uso do álcool, como por exemplo, no livro de Habacuque, capítulo 2 e versículo 15: “Ai daquele que dá de beber ao seu companheiro! Ai de ti, que adiciona à bebida o teu furor, e o embebedas para ver a sua nudez!”. Esse versículo além de alertar o indivíduo a não beber, faz menção para que este não ofereça bebida alcoólica ao seu próximo. Deve-se ter em mente que a preocupação de Deus para com o ser humano, é apenas para que ele não tenha más consequências ao cometer praticas como essa. O cristão é uma pessoa dotada de liberdade, isto é, incompatível ao vício, pois este apenas proporciona um alívio momentâneo, e é a causa que escraviza o homem. Na história da humanidade, o homem sem Deus, imerso no pecado, é cegado pelo deus deste século (II Co.4:4) e, assim, não vê a realidade da vida. Em conseqüência disto, deixa-se dominar por coisas banais e por ilusões. Surgem daí os vícios que têm perpassado a história humana, sendo um eficaz instrumento para a destruição de preciosas vidas. Por isso, vemos que o vício é uma arma satânica, pois dele é o trabalho para roubar, matar e destruir as pessoas (Jo.10:10). Não nos deixemos, pois, enganar com eles ! Vício, dizem os dicionaristas, é " 1 Defeito físico ou moral; deformidade, imperfeição. 2 Defeito que torna uma coisa ou um ato impróprios, inoperantes ou inaptos para o fim a que se destinam, ou para o efeito que devem produzir. 3 Falta, defeito, erro, imperfeição grave, viciação, viciamento. 4 Disposição ou tendência habitual para o mal. 5 Hábito de proceder mal; ação indecorosa que se pratica por hábito. 6 Costumeira. 7 Costume condenável ou censurável. 8 Degenerescência moral ou psíquica do indivíduo que, habitualmente, procede contra os bons costumes, tornando-se elemento pernicioso ao meio social, ou com este incompatível" (DICMAX Michaelis). Ora, bem se vê, por estes oito significados, que um crente não pode ter vícios, pois é filho de Deus, que anda segundo o Espírito (Rm.8:1), que caminha para a perfeição (Ef.4:12,13), que não pratica o mal, mas o bem (II Co.13:7), que não se deixa dominar por coisa alguma (I Co.6:12), que está liberto por Jesus Cristo (Jo.8:31-36).

I. O ALCOOLISMO À LUZ DA BÍBLIA

- O primeiro vício que se apresenta na história humana, e as próprias Escrituras o registram, é o vício do alcoolismo, ou seja, a dominação do álcool sobre o homem. O primeiro registro de embriaguez nas Escrituras encontra-se no livro do Gênesis, quando Noé se embriagou ao tomar do suco da vinha que havia plantado (Gn.9:20,21). Esta embriaguez trouxe vergonha para o patriarca, bem como dissensão familiar (Gn.9:22-27). Noé não se embebedou voluntariamente. Pela narrativa do texto, vê-se que Noé plantou a vinha e, como talvez tenha feito antes do dilúvio, tomou do seu suco, após alguns dias de sua fabricação, para beber. Verdade é que foi imprudente e acabou se embebedando, mas isto mostra apenas que houve alteração climática na Terra após o dilúvio, que levou à fermentação do vinho, o que não ocorria até então. Com efeito, dizem os estudiosos da Bíblia e alguns cientistas que, antes do dilúvio, a temperatura da Terra era amena, não se alterava, tanto que não havia chuva, mas um orvalho que regava a terra diariamente (Gn.2:5,6). Contudo, após o dilúvio, com a precipitação da camada de vapor d'água que existia na atmosfera e propiciava esta estabilidade climática ( as 'águas do céu' relatadas em Gn.7:11), passou a haver mudanças climáticas consideráveis, surgindo as quatro estações (Gn.8:22), de forma que, com isto, não foi mais possível o estoque do suco da vide sem que houvesse fermentação. Aliás, isto explica a diferença, que sempre há na Bíblia, entre o fruto da vide e o vinho fermentado, que, na nossa língua, é traduzido por "vinho", mas que são substâncias diferentes. A Bíblia condena a embriaguez e o alcoolismo com veemência. Várias são as passagens em que se condena o consumo do álcool, que não traz qualquer benefício ao organismo humano, que é templo do Espírito Santo(Pv.20:1; 23:29-35; 31:4-7; Is.5:11,12; Ef.5:18; I Tm.3:3). Verdade é que o organismo humano necessita de certa quantidade de álcool, mas esta quantidade vem através de alimentos e não da ingestão de bebidas alcoólicas. Não existe o que se denomina de "beber social", pois, como afirmam os próprios Alcoólicos Anônimos, a única forma de se libertar deste vício é jamais tomar o primeiro gole e é nesta abstenção total que está a essência da recuperação do alcoólatra. Ora, se os entendidos no assunto dizem isto, como poderemos afirmar que é possível ao cristão "beber socialmente" ? Não desconhecemos que o vinho era alimento utilizado normalmente entre os israelitas, mas este vinho mencionado nas Escrituras não é o vinho fermentado, que, via de regra, era utilizado em cerimônias idólatras, mesmo entre os israelitas (Os.7:5,14), como se vê, por exemplo, nas cerimônias gregas em homenagem ao deus do vinho, Dionísio (entre os romanos chamado de Baco), que foram denominadas de "bacanais" e cuja licenciosidade e imoralidade eram tantas que hoje a palavra tem, exatamente, o sentido de orgias sexuais. O vinho mencionado na Bíblia nos trechos em que seu uso é recomendado ou é noticiado é, como dissemos supra, o fruto da vide, ou seja, o vinho não fermentado, um suco de uva concentrado. Foi este vinho que Jesus tomou com os discípulos na instituição da Ceia do Senhor(Mt.26:29). Com relação ao vinho produzido por Jesus nas bodas de Cana, o texto utiliza a expressão de vinho fermentado, mas o contexto indica-nos que este vinho era de baixíssimo, quase nenhum teor alcoólico, de boa qualidade, pois a ida do mestre-sala ao noivo bem demonstra que se tratava deste tipo de vinho(Jo.2:9,10). Com relação à recomendação de Paulo a Timóteo (I Tm.5:23), o texto original fala em vinha fermentado, mas, no texto, é dito que deverá ser tomado um pouco daquele vinho e como remédio, não como bebida.


II. POSICIONAMENTO CRISTÃO

- De qualquer modo, o episódio ocorrido na vida de Noé mostra, claramente, que a embriaguez é um fator de desagregação social, é um importante instrumento para destruição da dignidade, da moral e da família. Noé, apesar de ser um homem que achou graça diante de Deus, de ser o patriarca da humanidade que recomeçava sua caminhada, perdeu a vergonha, sua dignidade e sua autoridade perante sua família por causa da embriaguez. O alcoolismo é uma verdadeira desgraça, pois retira do homem estes predicados que são essenciais para a sua sobrevivência. As estatísticas mostram, claramente, que o álcool é o principal fator da violência na sociedade, a principal causa de destruição das famílias, de ruína sócio-econômica, não só do indivíduo, mas, também, da família e da sociedade. Como se trata de uma droga cujo comércio, por interesses poderosos, é livremente permitido e até incentivado (observe como o mundo jaz no maligno: uma dose de pinga sempre foi mais barata do que um pãozinho), seus efeitos deletérios são cada vez mais freqüentes. Hoje em dia, segundo algumas estatísticas no Brasil, a iniciação no alcoolismo se dá por volta dos quatorze, treze anos de idade e tudo feito impunemente, com o beneplácito das autoridades. O alcoolismo é considerado hoje uma doença e, como tal, é tratado pelos organismos internacionais. Existem vários movimentos que buscam recuperar os alcoólatras, tendo destaque os Alcoólicos Anônimos que, embora sejam uma organização não religiosa, têm em sua doutrina de recuperação o princípio segundo o qual não é possível a libertação do vício a não ser mediante a crença em um Ser Superior. Mais uma vez vemos o conceito de que só Deus pode libertar o homem do vício

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